Olá! Sou Dr. Yuri, cirurgião de cabeça e pescoço, e hoje quero conversar com você sobre um tema muito importante: os nódulos tireoidianos. Se em algum momento você já notou um inchaço na região do pescoço ou descobriu um “caroço” em um exame de ultrassom, saiba que você não está sozinho. Nódulos na tireoide são bem mais comuns do que imaginamos.
A boa notícia é que, na maioria dos casos, eles são benignos e não causam riscos. Ainda assim, alguns deles precisam ser avaliados mais de perto, e é exatamente aqui que minha experiência como especialista pode ajudá-lo com um diagnóstico preciso e as melhores opções de tratamento.
Sou Dr. Yuri Goersch, cirurgião de cabeça e pescoço, em Passo Fundo/RS, e sou especialista em doenças da glândula tireoide, incluindo avaliação e tratamento de nódulos de tireoide.
Atendo no meu consultório particular em Passo Fundo, e sou membro do corpo clínico do Hospital de Clínicas de Passo Fundo (HCPF) e Hospital São Vicente de Paulo (HSVP).
Nódulos da tireoide são o principal motivo de um paciente procurar um cirurgião de cabeça e pescoço, pois é uma condição bem comum na população, e em alguns casos necessita de tratamento cirúrgico ou algum outro procedimento como tratamento, a exemplo da ablação em doenças da tireoide.
Sou formado em cirurgia de cabeça e pescoço por um dos principais serviços de formação na especialidade do Brasil, o Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), onde aprendi com profissionais de renome internacional e adquiri experiência prática para tratar as doenças da tireoide conforme o que tem de mais atual no conhecimento médico.
Se você possui alguma doença da tireoide, venha se consultar comigo para avaliarmos seu caso de maneira individualizada e decidirmos juntos qual a melhor estratégia para seu tratamento.
Os nódulos tireoidianos são crescimentos anormais de células ou acúmulo de líquido dentro da glândula tireoide. Eles podem variar enormemente em tamanho e número, sendo pequenos e imperceptíveis ou grandes o bastante para causar desconforto ou visibilidade no pescoço.
De acordo com as diretrizes da American Thyroid Association (ATA), cerca de 60% da população adulta pode apresentar nódulos tireoidianos detectados por ultrassonografia ao longo da vida, mas apenas uma pequena parcela deles – entre 5% a 10% – é diagnosticada como cancerígena. Isso significa que a avaliação desses nódulos é essencial para diferenciar os casos benignos daqueles que requerem atenção especial.
Os nódulos podem surgir devido a diversos fatores, incluindo:
- Deficiência de Iodo: Embora rara em países que adicionam iodo ao sal de cozinha, a falta desse micronutriente pode contribuir para o desenvolvimento de nódulos.
- Doenças Autoimunes: Condições como a tireoidite de Hashimoto podem causar inflamação ou alterações na glândula que favorecem o aparecimento de nódulos.
- Histórico Familiar: A chance de desenvolver nódulos aumenta quando há casos de disfunção tireoidiana ou câncer de tireoide na família.
- Exposição à Radiação: A exposição prévia (como em tratamentos médicos antigos ou acidentes nucleares) está associada a um risco elevado de nódulos malignos.
Um dos desafios em relação aos nódulos é que, na maioria das vezes, eles são assintomáticos. Muitos pacientes só descobrem a presença do nódulo em exames de imagem feitos por outro motivo. Porém, quando os sintomas aparecem, os mais comuns incluem:
Inchaço visível no pescoço: Que pode ser percebido ao olhar ou tocar a região frontal do pescoço.
- Dificuldade para engolir ou respirar: Se o nódulo pressionar a traqueia ou o esôfago.
- Rouquidão ou mudanças na voz: Quando o nódulo afeta os nervos responsáveis pela movimentação das cordas vocais.
- Dor ou desconforto no pescoço: Embora menos frequente.
Mesmo quando não há sintomas aparentes, é fundamental prestar atenção em alterações identificadas em exames ou na palpação do pescoço durante consultas médicas de rotina.
O diagnóstico de nódulos tireoidianos é um processo que envolve múltiplas etapas, conforme as orientações da ATA:
Histórico Clínico e Exame Físico: O primeiro passo é conversar sobre sintomas e fatores de risco, como histórico familiar ou exposição à radiação. Durante o exame clínico, faço a palpação da glândula tireoide para identificar qualquer alteração.
Exame de Ultrassom: A ultrassonografia da tireoide é essencial para avaliar o tamanho, a estrutura e as características do nódulo – como a presença de calcificações ou margens irregulares, que podem ser sinais de alerta.
Exames de Sangue: Testes como TSH, T4 Livre e T3 ajudam a determinar se o nódulo está associado a alterações hormonais da tireoide.
Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF): Quando um nódulo tem características suspeitas, é realizada uma biópsia por punção, coletando um pequeno material do nódulo para análise citológica.
Minha perspectiva como especialista: Vejo muitos pacientes chegarem preocupados quando descobrem um nódulo. Minha prioridade é esclarecer cada etapa, garantindo que, juntos, tomemos decisões baseadas em evidências, com um plano de investigação bem definido.
Se o nódulo apresentar características suspeitas ou tiver mais de 1 cm (em alguns casos, menor dependendo do contexto), é indicada a PAAF, ou Punção Aspirativa por Agulha Fina. Durante o procedimento, utilizamos uma agulha muito fina, guiada por ultrassom, para retirar células do nódulo que serão analisadas por um patologista.
Minha opinião como especialista: Sempre tranquilizo meus pacientes sobre a PAAF. Trata-se de um exame minimamente invasivo, rápido e seguro, essencial para determinar a natureza do nódulo. Na maioria das vezes, o desconforto é mínimo e o resultado nos dá uma informação valiosa para o diagnóstico.
Após o exame citológico, ou seja, a análise das células retiradas na PAAF, é utilizada a classificação de Bethesda, um sistema padronizado que ajuda a classificar os resultados e a decidir os próximos passos. Veja como funciona:
- Bethesda I – Não diagnóstica/inadequada: As células retiradas não são suficientes ou não foram analisáveis. Pode ser necessário repetir a PAAF.
- Bethesda II – Benigna: Esse é o caso mais frequente e representa nódulos sem sinais de malignidade. Aqui o acompanhamento é suficiente.
- Bethesda III – Atipia de significado indeterminado (AUS/FLUS): Há algumas alterações nas células, mas sem características claras de malignidade. Normalmente, repetimos a PAAF ou fazemos outros exames complementares.
- Bethesda IV – Neoplasia folicular ou suspeita: Alterações mais específicas que sugerem a necessidade de investigação cirúrgica, já que o diagnóstico só é confirmado com a retirada do nódulo.
- Bethesda V – Suspeita de malignidade: Alta probabilidade de câncer. A cirurgia é frequentemente recomendada.
- Bethesda VI – Maligno: Confirmação de câncer, como o carcinoma papilífero de tireoide. Tratamento rápido e individualizado se torna essencial.
Importante destacar: A classificação de Bethesda ajuda a embasar as decisões clínicas e informar o paciente sobre riscos e próximas etapas. Por isso, é fundamental contar com um especialista experiente para interpretar os resultados no contexto geral de cada caso.
É importante ressaltar que a grande maioria dos nódulos tireoidianos é benigna. Isso significa que eles geralmente não causam problemas e podem, muitas vezes, ser monitorados com segurança.
Por outro lado, os nódulos malignos – mesmo sendo raros – requerem atenção especializada e, na maioria das vezes, tratamento cirúrgico para garantir um prognóstico positivo.
Os fatores que aumentam a suspeita de malignidade incluem:
- Rápido crescimento do nódulo.
- Presença de linfonodos aumentados no pescoço.
- Histórico de câncer de tireoide ou de exposição à radiação.
- Alterações características detectadas no ultrassom.
De acordo com as diretrizes da ATA, o tratamento de nódulos tireoidianos depende de fatores como:
Se são benignos ou malignos: Nódulos benignos podem ser apenas acompanhados, enquanto nódulos malignos geralmente exigem cirurgia.
Tamanho e sintomas: Nódulos maiores (acima de 4 cm) ou que comprimem estruturas próximas podem necessitar de intervenção cirúrgica, mesmo sendo benignos.
Alterações hormonais: Nódulos que produzem hormônios tireoidianos em excesso (chamados de “nódulos tóxicos”) podem requerer terapia com iodo radioativo, cirurgia ou ablação.
Como especialista em cirurgia de cabeça e pescoço, dedico-me a elaborar um plano de tratamento personalizado para cada caso. Meu objetivo é preservar a saúde da tireoide sempre que possível e garantir o melhor resultado funcional e estético em casos de cirurgia.
Se você descobriu um nódulo tireoidiano ou apresenta sintomas como os mencionados, a avaliação por um especialista capacitado é essencial. O acompanhamento correto não só garante tranquilidade em casos de nódulos benignos, mas pode ser a diferença entre detecção precoce e tardia em casos malignos.
Minha abordagem: Cada paciente é único, e os nódulos tireoidianos nem sempre precisam gerar preocupação desnecessária. Meu compromisso é oferecer um diagnóstico claro e orientações baseadas nas mais recentes diretrizes da ATA.
Os nódulos tireoidianos podem ser comuns, mas isso não significa que devam ser ignorados. A avaliação especializada é o caminho mais seguro para determinar quando eles são inofensivos e quando requerem intervenção. Compreender a sua saúde tireoidiana é o primeiro passo para garantir o equilíbrio e o bem-estar que você merece.
Se você tem dúvidas sobre um nódulo tireoidiano ou quer uma avaliação específica, marque sua consulta comigo. Como especialista, ofereço o cuidado e a atenção que você precisa para entender e tratar sua tireoide com segurança e confiança.
Referência:
American Thyroid Association (ATA). “Management Guidelines for Adult Patients with Thyroid Nodules and Differentiated Thyroid Cancer.” Thyroid, 26(1): 1-133, 2015. Disponível em: www.thyroid.org
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